Nas palavras, nem sempre o vento escreve o que quer.
À deriva, procura nos lugares recônditos, a luz
que parece obscurecida pelas sombras das florestas,
onde outrora surgiam mananciais e hoje o fogo alastra.
Não há forma de escolher entre as chamas e o vento
o lugar das palavras que parecem afogadas nas cinzas.
Não há hora para ouvir a voz calma do vento e a placidez
das chamas, dissimuladas pela ironia do vento.
Não chegou ainda o tempo de o Homem despertar
para a imagem que cada vez mais vai dizimando
as palavras que o vento espalha
sobre o chão da terra desolada.
Ailime
16.07.2022
Imagem Google
Linda poesia, tão triste ver o fogo novamente se alastrando! Uma pena! beijos, que consigam dominá-lo! beijos, chica
ResponderEliminarBom fim de noite de sábado, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarAcompanhando os jornais, fico estarrecida com os fatos que estão alarmando nosso amado Portugal e outros.
Ver o que amamos ser levado ao vento incendiário é dolorido.
"Não há forma de escolher entre as chamas e o vento".
Até nossas palavras são embargadas pelas cinzas.
Um escrito poético emocionado.
Tenha um final de semana abençoado num domingo feliz!
Beijinhos com carinho fratenro
😘🕊️💙💐
Um turbilhão de emoções negativas... É a vida...
ResponderEliminar-
Coisas de uma Vida
Beijos, e um bom fim de semana.
Infelizmente 😞
ResponderEliminarBj
Um lindo poema a ecoar a dor da terra e o desprezo do Homem por ela, e no fundo, por si próprio. Não ouvimos a voz do vento que nos traz palavras de luz. Achamos que temos solução para tudo, a curto prazo. Esquecemos o longo prazo. É possível reverter tudo isto, mas a ordem mundial não quer. E nós, cegos e surdos, seguimos em frente, empurramos as novas gerações para um abismo onde não haverá mais palavras de luz trazidas pelo vento. Este poema é duro de ler mas nós precisamos de ler coisas duras para mudarmos de rota. Outro vento se impõe, cabe-nos a nós exigi-lo. Muitos beijos e obrigado por este teu trabalho. Sérgio
ResponderEliminarUm poema profundo no engajamento preciso, que a poesia tem de se manifestar remexendo todos os desmandos, todas as mazelas de uma sociedade alheia às coisas que deformam o homem e todo seu meio.
ResponderEliminarInspiração que dói no peito Ailime, mas que grita ao mundo.
Beijo e bom domingo amiga.
As palavras afogadas nas cinzas. Um fogo que alastra por todo o lado. Pessoas que tudo perdem como se o vento escrevesse o destino que lhes cabe. O lamento da terra seca, ávida da chuva. O Homem sempre a cair no mesmo desleixo, na mesma indiferença. Belíssimo poema!
ResponderEliminarTudo de bom para ti, minha querida amiga.
Um beijo.
Parabéns pela sua escrita.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
As chamas e o vento! Uma mistura explosiva,
ResponderEliminarfala-nos o Inferno de Dante, neste mundo cada
vez mais em efervescência. Tudo se vai na voragem
de línguas de fogo.
Poema que nos toca fundo, amiga Ailime.
Beijinhos
Olinda
Poema deslumbrante que me fascinou ler
ResponderEliminar.
Um domingo feliz.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Bom dia, amiga Ailime,
ResponderEliminarPoema ilustrativo, da terrível realidade dos incêndios.
Muito bom.
Votos de ótimo domingo!
Beijinhos.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Um poema muito oportuno, o flagelo dos incêndios não nos larga.
ResponderEliminarExcelente, gostei imenso.
Boa semana, amiga Ailime,
Beijo.
... e assim, Ailime, o homem espalha a desolação do fogo, causando a sua própria desolação! :( Belo e oportuno post, amiga! Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarBoa tarde Ailime
ResponderEliminarUm poema de cortar o coração, ao ver o flagelo que assola o nosso Portugal.
Muito oportuno e real este trabalho poético.
Boa semana com saúde!
beijios
:)
Olá Ailime,
ResponderEliminarPassando por aqui, para agradecer a visita e gentil comentário no meu cantinho, e desejar a continuação de ótima semana.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Que bem o soube dizer, amiga Ailime! Palavras pertinentes, gritos de alma!
ResponderEliminarBeijinhos e boa semana!
Impossível não nos sensibilizarmos que a situação. O vento leva tudo e o fogo se espalha, causando destruição sem reparos. Oportuno e belo poema. Bjs.
ResponderEliminarGostei de reler este excelente poema.
ResponderEliminarContinuação de boa semana, amiga Ailime.
Um beijo.
Tão actual como se o teatro das palavras fossem personagens nas chamas e no vento! Belíssimo, Ailime
ResponderEliminarbji
Olá, amiga Ailime, seu belo e sentido poema diz bem do grave problema que assona Portugal nesse tórrido verão.
ResponderEliminarAplausos para o sentido, mas belo poema.
Um bom final de semana, esperando que o verão fique menos quente, no seu país, e na Europa.
Beijo.
Uma realidade tão forte e lamentável, mas o seu poema retrata com beleza a cruel situação.
ResponderEliminarBjs