No meio dos canaviais avista-se o mar
ali mesmo à beira da estrada.
Já lhe doem os pés, qual peregrino,
ali mesmo à beira da estrada.
Já lhe doem os pés, qual peregrino,
de tanto caminhar
e os olhos embaciam-se com a neblina.
Por instantes deixa de enxergar.
e os olhos embaciam-se com a neblina.
Por instantes deixa de enxergar.
Ouve as gaivotas que grasnam assustadas
prenunciando tempestade
naquele fim de tarde.
Fica em desassossego e
e num reflexo rápido esfrega os olhos
e pode observar relâmpagos
que faíscam à sua frente.
Num casebre próximo recolhe-se
até a tempestade passar.
O cansaço é mais forte e adormece.
Quando acorda já é manhã.
No horizonte, nuvens brancas, sorriem-lhe
e retoma o seu destino.
Texto e foto
Emília Simões
25.05.2024
25.05.2024
Gostei muito do poema. Obrigada pela partilha!!
ResponderEliminar.
" SAUDADE..."
Beijos, e bom fim de semana
Boa noite de sábado, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarUm poema cheio de sensibilidade de quem ama a natureza.
Hoje vi pássaros em bando, foi lindo.
Nuvens inusitadas insistiam em me acompanhar numa viagem.
Lendo seu belo poema , refiz meu cenário do dia.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Depois de um desassossego sempre vem a tranquilidade
ResponderEliminarQue belo poema, querida
Um ótimo fim de semana
beijinhos
Poema maravilhoso e o céiu acompanhando a beleza! beijos, chica
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaminhantes inúteis por esse mundo fora.
ResponderEliminarUm abraço.
Profundo poema. Me gusto mucho el poema. Te mando un beso.
ResponderEliminarUm poema que podia ser o capítulo de um livro. Quem é este peregrino junto ao mar? Qual o seu destino? A recolha interna perante a adversidade é o lugar onde nos sentimos bem, onde os desassossegos da vida lá fora se dissipam. Esse distanciamento é tão importante, numa altura em que quase somos obrigados a estar sempre ligados e disponíveis para tudo e todos. Não tem (nem pode) ser assim. O casebre somos nós próprios, que nos abriga das tempestades que não param de vir. Não dizia Jesus para o deixarem sozinho quando precisava? Assim também precisamos desse espaço interno de paz. Que passem as nuvens e a tempestade. Quero saber mais sobre este peregrino, talvez continue a sua viagem noutro poema. Muitos beijinhos, gostei da atmosfera criada no poema. Aguardo proximo capítulo.
ResponderEliminarTem horas que o desassossego faz parte da saúde mental! Há que se manter pausas, pelo menos comigo é assim.Jeito lindo de escrever! Linda semana a acompanhe! Beijinhos!
ResponderEliminarDesassossego que nos assalta quando se preanunciam tempestade seja do céu ou do dia a dia. Sua poesia acalma, pois vislumbra o outro dia de calmarias, pausa poética que nos fortalece. Bjsss Amei.
ResponderEliminarUm belo desassossego 👏👏👏😘
ResponderEliminarBoa noite Ailime,
ResponderEliminarO desassossego existe sempre em cada um de nós. Faz parte da natureza humana.
Gostei bastante.
Deixo os meus votos de uma feliz semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Depois da tempestade vem sempre a bonança...
ResponderEliminarMagnífico poema, gostei de ler.
Boa semana amiga Emília.
Beijinhos.
Felizes aqueles que, como tu, enxergam o mundo com os olhos cheios de poesia, Emília! O poema ficou lindo, amiga! Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarBeleza, profundidade e muito gostoso de se ler.
ResponderEliminarRetomar o destino é preciso, a conclusão ficou ótima!
Bjs
Após o receio e a insegurança, deu-se a bonança e veio a confiança. Prosseguir sem se deixar abater, é o conselho que leio em teus versos, Ailime.
ResponderEliminarPoema tocante!
Bjsss,
Carmen
Boa noite Ailime
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este lindo poema que muito gostei, e para desejar um feliz fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Depois de uma tempestade sempre vem a bonança, mas nem sempre se consegue seguir em frente, quando a tempestade atravessa a alma.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Mais um bonito poema que vim cá conhcer.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda