sábado, maio 25, 2024

Desassossegos



No meio dos canaviais avista-se o mar 
ali mesmo à beira da estrada.
Já lhe doem os pés, qual peregrino,
de tanto caminhar
e os olhos embaciam-se com a neblina. 
Por instantes deixa de enxergar.

Ouve as gaivotas que grasnam assustadas
prenunciando tempestade
naquele fim de tarde.

Fica em desassossego e 
e num reflexo rápido esfrega os olhos
e pode observar relâmpagos
que faíscam à sua frente.

Num casebre próximo recolhe-se
até a tempestade passar.
O cansaço é mais forte e adormece.
Quando acorda já é manhã.
No horizonte, nuvens brancas, sorriem-lhe
e retoma o seu destino.


Texto e foto
Emília Simões
25.05.2024




19 comentários:

  1. Gostei muito do poema. Obrigada pela partilha!!
    .
    " SAUDADE..."
    Beijos, e bom fim de semana

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  2. Boa noite de sábado, querida amiga Ailime!
    Um poema cheio de sensibilidade de quem ama a natureza.
    Hoje vi pássaros em bando, foi lindo.
    Nuvens inusitadas insistiam em me acompanhar numa viagem.
    Lendo seu belo poema , refiz meu cenário do dia.
    Tenha um final de semana abençoado!
    Beijinhos com carinho fraterno

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  3. Depois de um desassossego sempre vem a tranquilidade
    Que belo poema, querida
    Um ótimo fim de semana
    beijinhos

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  4. Poema maravilhoso e o céiu acompanhando a beleza! beijos, chica

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Caminhantes inúteis por esse mundo fora.
    Um abraço.

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  7. Profundo poema. Me gusto mucho el poema. Te mando un beso.

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  8. Sergio5/26/2024

    Um poema que podia ser o capítulo de um livro. Quem é este peregrino junto ao mar? Qual o seu destino? A recolha interna perante a adversidade é o lugar onde nos sentimos bem, onde os desassossegos da vida lá fora se dissipam. Esse distanciamento é tão importante, numa altura em que quase somos obrigados a estar sempre ligados e disponíveis para tudo e todos. Não tem (nem pode) ser assim. O casebre somos nós próprios, que nos abriga das tempestades que não param de vir. Não dizia Jesus para o deixarem sozinho quando precisava? Assim também precisamos desse espaço interno de paz. Que passem as nuvens e a tempestade. Quero saber mais sobre este peregrino, talvez continue a sua viagem noutro poema. Muitos beijinhos, gostei da atmosfera criada no poema. Aguardo proximo capítulo.

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  9. Tem horas que o desassossego faz parte da saúde mental! Há que se manter pausas, pelo menos comigo é assim.Jeito lindo de escrever! Linda semana a acompanhe! Beijinhos!

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  10. Desassossego que nos assalta quando se preanunciam tempestade seja do céu ou do dia a dia. Sua poesia acalma, pois vislumbra o outro dia de calmarias, pausa poética que nos fortalece. Bjsss Amei.

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  11. Um belo desassossego 👏👏👏😘

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  12. Boa noite Ailime,
    O desassossego existe sempre em cada um de nós. Faz parte da natureza humana.
    Gostei bastante.

    Deixo os meus votos de uma feliz semana, com muita saúde e paz.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  13. Depois da tempestade vem sempre a bonança...
    Magnífico poema, gostei de ler.
    Boa semana amiga Emília.
    Beijinhos.

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  14. Felizes aqueles que, como tu, enxergam o mundo com os olhos cheios de poesia, Emília! O poema ficou lindo, amiga! Meu abraço, boa semana.

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  15. Beleza, profundidade e muito gostoso de se ler.
    Retomar o destino é preciso, a conclusão ficou ótima!
    Bjs

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  16. Após o receio e a insegurança, deu-se a bonança e veio a confiança. Prosseguir sem se deixar abater, é o conselho que leio em teus versos, Ailime.
    Poema tocante!
    Bjsss,
    Carmen

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  17. Boa noite Ailime
    Passando por aqui, relendo este lindo poema que muito gostei, e para desejar um feliz fim de semana, com tudo de bom.
    Beijinhos, com carinho e amizade.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com
    https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

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  18. Depois de uma tempestade sempre vem a bonança, mas nem sempre se consegue seguir em frente, quando a tempestade atravessa a alma.
    Abraço e saúde

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  19. Mais um bonito poema que vim cá conhcer.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.