Rasgo com o olhar a claridade do dia,
que se faz palavra ao amanhecer
dentro dos versos tímidos,
que ouso rabiscar.
Um mar de emoções
invade-me nas lembranças
do mundo injusto e cruel
que me magoa
e julgo-me ainda a sonhar.
As notícias correm breves
e não, não é um sonho.
Estou simplesmente a divagar
sobre um tempo em que a lucidez
não impera e o mundo
continua numa agonia lenta,
ignóbil que faz doer.
A palavra aperta-me a voz
e fere-me os dedos.
Poiso a caneta e
olho através da janela.
Lá fora, o sol continua a brilhar!
que se faz palavra ao amanhecer
dentro dos versos tímidos,
que ouso rabiscar.
Um mar de emoções
invade-me nas lembranças
do mundo injusto e cruel
que me magoa
e julgo-me ainda a sonhar.
As notícias correm breves
e não, não é um sonho.
Estou simplesmente a divagar
sobre um tempo em que a lucidez
não impera e o mundo
continua numa agonia lenta,
ignóbil que faz doer.
A palavra aperta-me a voz
e fere-me os dedos.
Poiso a caneta e
olho através da janela.
Lá fora, o sol continua a brilhar!
Texto
Emília Simões
18.05.2024
Imagem Google
Emília Simões
18.05.2024
Imagem Google
É, de facto, difícil não viver incomodado com o mundo que nos cerca e vermos pessoas que consideravamos a aderir à tendência retrógrada da sociedade.
ResponderEliminarUm abraço.
Apesar de tudo, o sol continua a brilhar e faz umn bem enorme olhar pela janela e a ele contemplaar!
ResponderEliminarLINDA!
beijos, ótimo domingo! chica
Boa noite de sábado, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarRasga-se com o olhar o cenário e alcança-se a paz...
Rasga-se o papel das emoções e se ganha poemas belíssimos...
Tenha um final de semana abençoado e inspirado!
Beijinhos com carinho fraterno
Bello poema el mundo sigue aunque a veces estemos con el corazón roto. Te mando un beso.
ResponderEliminarBelo o seu poetizar. O mundo, apesar de agitado e tenebroso, continua sendo maravilhoso e admirável, pois o Criador é o mesmo ontem, hoje e amanhã. Ele reina e expressa a Sua glória a cada amanhecer e anoitecer! O brilho do Seu amor é alegre e pleno.
ResponderEliminarBom domingo, querida Emília.
Beijinhos
Beleza de olhar, sentimentos que o exterior nos traz e que a natureza aguece e colore com o brilho solar .Natureza Divina! Bom domingo
ResponderEliminarBoa noite Ailime,
ResponderEliminarUm olhar belo, e inquieto, contido neste lindo poema. Onde está bem patente a sensibilidade do poeta/poetisa. Gostei muito!
Deixo os meus votos de feliz semana, com tudo de bom..
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Pensar sobre este tempo em que vivemos é um tormento. Mas não podemos ficar indiferentes, por isso te deixas invadir por um mar de emoções e as palavras te ferem a voz como se fossem as feridas dos que sofrem. Poema cheio de sensibilidade.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
A lucidez não abunda, na verdade. Há cada vez mais a inclinação para o imediatismo sem sequer deixarem assentar a poeira para ver mais claro do que se trata na verdade. Outros, continuam a ver as coisas distorcidas toda a vida.
ResponderEliminarMagnífico poema, uma visão lúcida sobre os tempos que correm.
Boa semana, minha amiga Emília.
Beijinhos.
Lindo poema, apesar de tudo, de todos os nossos erros como humanos, o sol brilha. E somos tão pequenos. Mas é quando nos julgamos grandes que cometemos os maiores erros. Guerra ou paz, fama ou obliteração, justiça ou injustiça, bem ou mal: de tudo é feita a vida. Que é um rio que corre. E nós não o podemos deter. Sim, podemos e devemos gritar por justiça, como faz este lindo poema. Mas o rio corre à mesma, seja da maneira que queremos ou não. Poderia correr de outro modo? Talvez. Fomos feitos criaturas racionais para tomarmos conta uns dos outros. Mas nem sempre agimos como tal. Portanto, não devemos temer coisas más, porque tb elas são parte da vida. Isso não é razão para nos afastarmos da justiça, bem comum: devemos lutar por eles. Mas ao mesmo tempo, aceitar morte e vida, justiça e injustiça, bem e mal como faces da mesma moeda, todos parte da natureza. Quando sofremos demasiado com os males do mundo estamos a ir contra a natureza das coisas, que não é sempre justa, racional ou boa. E quando aceitamos isto, podemos talvez iluminar outros. A dor é inevitável. O sofrimento não.
ResponderEliminarLindo, Emília! O sol continua a brilhar, apesar das nossas angústias, e ilumina a esperança que chega com o novo dia! Meu abraço, amiga; boa semana.
ResponderEliminarOlá, Emília
ResponderEliminarO Sol continua a brilhar e a trazer-nos a sua luz.
Infelizmente, o ser humano afunda-se no seu
egoísmo e falta de ética em todos os patamares.
Que a Primavera nos traga uma renovação para
o nosso estado de espírito.
Beijinhos
Olinda
Olá Ailime
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este lindo poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana.
Beijinhos, com carinho e amizade
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Gostei muito desse seu olhar, Ailime! Certamente, o sol sempre está a brilhar e é lindo ser iluminado por seus raios que já não são os mesmos. O sol está a queimar as matas, com a estiagem, sem chuvas, mas devemos esperançar atitudes provocadoras para amenizar o clima no planeta. Fé! Beijinhos!
ResponderEliminarOlá, amiga Ailime, certos poemas são escritos para mais de uma
ResponderEliminarleitura, pois é na releitura que se enxerga certas imagens que não aparece com facilidade (o poeta faz isso de propósito).
Então como você vê, eu li esse seu belíssimo poema duas vezes que foi uma leitura muito agradável.
Parabéns, poetisa!
Um ótimo final de semana, muita paz.
Beijo.