segunda-feira, outubro 15, 2012

Luz opaca



Tudo se passa de forma rígida
Incrivelmente disforme na forma
E na solução.

E ouço gemidos
E fomes que o vento traz
Em folhas gastas e desmedidas
De outros tempos,
Que rasgam os ventres
Dilaceram as almas
Destroem os sonhos
Esmagados em muros
De férrea obstinação.

E o meu tempo esvai-se…
Numa luz opaca
Que me cerceia o olhar
E me restringe o caminho.

Ailime
15.10.2012
Imagem da Net

8 comentários:

  1. Partilho da mesma angústia. Lindo, como sempre. beijos

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  2. Intensos e muito lindos teus versos.Poema que chora...beijos,chica

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  3. Um belo e dolorido poema,,,intenso...forte..perfeito...beijos amiga e uma bela noite pra ti.

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  4. Anónimo10/19/2012

    Ola Ailime! Este poema fala da crise portuguesa, sobre a opacidade do presente e possivelmente, do futuro. E' preciso fazer nascer o sol de novo. Nao desespere, Ailime, que tudo passa.
    Bj S

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  5. Um abraço, Ailime!
    Estou aqui conhecendo Canto-Meu e gostando muito! Parabéns pelo lindo poema!! Profundo e denso...

    Com carinho

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  6. Um maravilhoso final de semana pra ti minha amiga,,,paz, flores e muitas poesias....beijos e beijos..

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  7. Intenso, Ailime! Os caminhos restringidos podem ainda ser abertos com força e vontade.

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  8. Repito: não tenho palavras! Intenso!

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.