quinta-feira, outubro 02, 2014

Por entre vígulas


Tela de Katia Alam

Por entre vírgulas, reticências e interrogações
Deixo cair as palavras e o poema
Fica suspenso num emaranhado de teias
Que me circundam e paralisam a voz

Percorro o infinito e pergunto às estrelas
Onde estão os ecos dos dias
Quando o sol despertava os meus dedos
Nas manhãs raiadas de primavera

Apenas o ocaso me responde
Numa folha amarelecida pelo tempo
Que os barcos ainda navegam
Em oceanos de marés cheias.



Ailime
02.10.2014

8 comentários:

  1. Olá, querida Ailime
    A cada Estação nos vem novas inspirações e ficamos, no início da nova, procurando o que de bom teve na outra (sabores e cores)... é um justo saudosismo...
    Lindo o seu poema!!!
    Bjm fraterno

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  2. Tua inspiração fala por entre vírgulas, interrogações, exclamações! LINDO! bjs praianos,chica

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  3. OI AILIME!
    E NESTE VAI E VEM DAS MARÉS, NOSSO BARCO DA VIDA VIAJA!
    MUITO BONITO.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  4. Uma graça, um encanto seu poema. Profundo entre vírgulas, interrogaçõese exclamações! Meu abraço amigo!

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  5. Bonito e questionador poema... Certamente, as respostas e os ecos maravilhosos serão encontrados gostosamente...
    Vamos adiante... Beijinhos, Ailime!

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  6. É outono. E as palavras voam para longe, recortadas em pedaços de vida...
    Um beijo, amiga

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  7. Talvez seja assim que vivemos sempre, Ailime: por entre vírgulas. Belo texto, amiga; boa semana!

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.