sexta-feira, junho 07, 2013

O chão desaba

renschmensch Jörg 
O chão desaba
No asfalto do porvir
Que se fecha
E devora a esperança

Mas não vou deixar
Que os lobos uivem
E te aniquilem os sonhos
Numa descrença irreparável

A minha voz desatará os nós
Que te asfixiam a alma
E te limitam a esperança

A minha voz não se calará
Ainda que a garganta seque
Como um tronco de árvore oco.

Calcorrearei montanhas
Para te devolver o futuro,
Porque os lobos não me assustam.

Ailime
07.06.2013
Imagem Google


11 comentários:

  1. Muito lindo,Ailime e essa voz nunca deve calar. beijos,chica

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  2. Olá amiga! poetisa e guerreira!
    Gostei imenso do poema. Estamos em tempo de luta,na verdade.
    Um grande abraço.
    M. Emília

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  3. Manuel6/09/2013

    Que forma tranquila de denúncia! Obrigado e parabéns.

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  4. Amiga, que poema mais profundo e encorajador. Adorei!

    Beijinho

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  5. Os lobos não devem nos assustar, mas devemos avivar a esperança no nosso coração!
    Lindo e expressivo, Ailime! Nossa voz precisa falar, clamar e profetizar!

    Um beijo e um abraço grandes...
    Uma Boa Semana!!

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  6. E, ainda que o chão desabe, o nosso verdadeiro Eu a ele sobrevive. Belo texto, Ailime; boa semana!

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  7. "A minha voz desatará os nós
    Que te asfixiam a alma
    E te limitam a esperança"... como é que os lobos poderão fazer mal com uma voz assim?

    Parabéns pela grandeza de alma...

    Beijinho

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  8. Olá minha querida Ailime,
    Lindo e profundo o seu poema!
    Que a chama da esperança permaneça sempre viva nos nossos corações!
    Desistir da luta, jamais!
    Um beijo com muito carinho.
    Luz e paz!

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  9. Os lobos só assustam os medrosos...
    Magnífico poema, gostei muito.
    Querida amiga, tem um bom resto de semana.
    Beuijo.

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  10. Lindo!Maravilhoso.Forte mesmo! Nunca cale essa voz nem deixe que os seus poemas fiquem fechados dentro de si,deixe-os soltar.Porque há poesia dentro de si,na mais singela frase. Muitos beijinhos Ailime.Bom Santo António.

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.