sábado, novembro 22, 2025

Quando caminho


Quando caminho e sinto o vazio

do mundo, nas folhas que o vento espalha;

paro a contemplar a luz, que emana

das flores ainda sem nome.


Existo sem pressa no mundo hostil,

onde a virtude é palavra vã;

no meu silêncio guardo o murmúrio

dos voos rasantes, das aves feridas.


Nas sombras do crepúsculo

vislumbro utopias ainda por desvendar;

debruçada sobre as brisas,

ouço o rugido remoto do mar.


Texto e foto
Emília Simões
22.11.2025

 



1 comentário:

  1. Linda poesia,Ailime e tua inspiração sempre a crescer! beijos, ótimo domingo, chica

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.