Um poema nem sempre segue o raciocínio do poeta.
Entra em ziguezague para a direita e para a esquerda
buscando num labirinto de memórias
imagens presentes e passadas
de pessoas, de paisagens, de cidades,
de amores e desamores, de luzes e cores.
Na insatisfação do que escreve, o poeta
continua obstinadamente o seu esforço
num procura infrutífera, que insiste
em negar-lhe a razão de um poema
que o satisfaça.
Não desiste e continua teimosamente.
Mistura palavras com e sem nexo.
Até que cansado, pousa a caneta
sobre o caderno, abre a janela e
deixa o vento entrar!
Talvez daqui a pouco se faça luz
e o pensamento se liberte,
para que, finalmente, o poema germine.
Emília Simões
15.11.2025
LINDO!!! Teus poemas nem precisam de vento e luz...Germinam sepre! ADOREI! beijos, chica
ResponderEliminarBoa noite de sábado, querida amiga Emília!
ResponderEliminarUm poema de alma da poeta... lindo demais!
Descreve, com exatidão, o percurso da arte de escrever que passa por inúmeros vaivéns...
Parece que estamos num balanço, procura, acha, torna a procurar, encontra de novo e assim sucessivamente...
Parabéns, querida!
Tenha um domingo abençoado!
Beijinhos fraternos