Falta-me o chão, esta não é a minha rua.
Subo e desço calçadas e escondo-me
num vão de escadas.
Corri mais veloz que o vento
Tenho os sentidos adormecidos
Repouso o meu corpo cansado
O barulho é ensurdecedor
Ouço gritos, vozes roucas desesperadas
Parece-me ouvir um estrondo
Decerto estou a sonhar
Será um pesadelo?
Espreito a porta, quero acordar
Multidões fogem estarrecidas
Crianças ao colo, outras pela mão a chorar
Tenho fogo nos pés e voo
Não quero fugir, quero ficar aqui
Defenderei o meu chão
com cinzas na boca.
Mesmo com a alma mutilada
deixarei o meu corpo gravado
nesta terra que é minha.
Ailime
Um poema de quem já passou por revoluções. Esta guerra é impensável. Escrever sobre ela ajuda à tomada de consciência de todos nós sobre esta atrocidade onde os nossos políticos não se querem meter. Por isso, façamos o que podemos enquanto cidadãos: tomar consciência, dar a nossa opinião -porque não sob a forma de um poema? - e ajudar quem tem de fugir com doações. Fiquei contente em saber que muita gente está a disponibilizar as suas casas para acolher refugiados, mesmo aqui no Canadá! Obrigado por esta tomada de consciência! Beijinhos
ResponderEliminarUm poema que é um grito de revolta! Onde o povo é fustigado por uma guerra que não devia ter acontecido, e que resiste heroicamente, mesmo sabendo, que a morte espreita a toda a hora...
ResponderEliminarJunto a minha à sua voz, neste grito de revolta!
Continuação de boa semana, amiga Ailime.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Boa noite de paz, querida amiga Ailime!
ResponderEliminarEstamos vivendo um pesadelo que só orando e lendo poemas bonitos para aliviar um pouquinho as penas atuais.
Estamos numa eterna quarta feira de Cinzas.
Alma mutilada e corpo inerte em desolação profunda.
Impossivel não sentir a dor mundial que estamos a viver.
Sensível demais sua poesia.
Tenha uma noite abençoada de paz!
Beijinhos carinhosos e fraternos
😘🕊️💙
Um poema tocante! 💙💛
ResponderEliminar~~
Caminhos extensos e cruéis...
Beijos. Votos de uma boa noite!
Foto e poema que me emocionou ver e ler. Maldita Guerra. Maldito sejas Putin
ResponderEliminar.
Cumprimentos cordiais
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Fiquei emocionada ao ler teu poema.Tão forte, profundo como essa guerra que dizima cidades e vidas! Uma pena! beijos, tudo de bom,chica
ResponderEliminarEsta rua não é minha, nem é meu este país.
ResponderEliminarOuço ronco e não é de trator ou ônibus.
A morte espreita na próxima esquina.
Sigo me escondendo de mim abraçando a sorte.
Muito bom grito contra toda forma de violência.
Beijo amiga e feliz fim de semana na paz.
"Defenderei o meu chão
ResponderEliminarcom cinzas na boca."
Tem sido assim a atitude do povo ucraniano. E como te posicionas bem no lugar de cada mãe, de cada filho, de cada homem. Como sabes pôr-te no lugar dos outros, daqueles que sofrem, daqueles que resistem. Um poema/grito que me sensibilizou imenso.
Cuida-te bem, minha querida Amiga Ailime.
Um bom fim de semana.
Um beijo.
Sigo a linha dos comentários, um emocionante e tocante poema.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Incrível, dolorido, belíssimo poema que externa a maior das dores, uma guerra que não há explicação, loucura pura. O mais forte que li aqui, querida amiga.
ResponderEliminarAplaudo daqui, Ailime!
Um bom fim de semana, já que é difícil desejar um ótimo...
Beijinho.
Quanta emoção. Poesia de uma voz que não se pode calar, seja de que forma seja expressa. Admirável, foi fundo e trouxe mutos sentimentos. Parabéns, Amei.
ResponderEliminarBom final de semana. Bjss
Uma triste e cruel realidade dentro dum poema belo e fortíssimo.
ResponderEliminarAs guerras são frutos da ganância, egoísmo e ruindade humanos. Ah!!!
Beijinhos e bom final do sábado.
São tantas as vezes que esta vida nos leva o chão...
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Soberbo, Ailime! Notável como a tua poesia nos faz sentir a crueldade e a violência da guerra! Meu abraço, amiga; boa semana.
ResponderEliminarComovente poema que é a verdade pura e nua de um tempo que não deviamos estar a viver.
ResponderEliminarNenhum povo merece viver esta guerra.
Comovida estou.
Beiji
:(
Um grito de dor, de revolta, mas ao mesmo tempo de esperança...
ResponderEliminarAdorei...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta