terça-feira, outubro 26, 2021

No interior das pedras



No interior das pedras há chamas 
que à tua passagem te queimam os pés,
te sacodem, como se o vento alastrasse
e se detivesse no teu andar vagaroso e
pesado, como as folhas que
se arrastam impelidas por aragens
ensurdecidas de tanto silêncio.
À margem dos dias as florestas
gritam por socorro
no leito seco dos rios.


Texto 
Ailime
26.10.2021
Imagem Google

24 comentários:

  1. Que lindo poema que fala de sentimentos transmutados em pedras e folhas. a aridez que secam a fluência da vida. bjs

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  2. Seu poema é de uma riqueza de significados, impressionante!!! Ameiiii!!!
    Beijinhos
    Valéria

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  3. Um belíssimo poema aqui nos presenteia, amiga Ailime.
    Onde se manifestam alertas prementes, de cariz ambiental.

    Parabéns!
    Beijinhos e feliz semana!

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  4. Profundidade em cada um dos versos que falam por si! Adorei! beijs, chica

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  5. Boa noite de serenidade, querida amiga Ailime!
    Um poema onde senti o efeito sinestésico de pisar na pedra... como a sola do pé se porta... Até o barulhinho das águas deu para sentir...
    Muito lindo, amiga.
    Tenha dias abençoados!
    Beijinhos com carinho de gratidão e estima

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  6. "À margem dos dias as florestas
    gritam por socorro
    no leito seco dos rios."
    Só quem está surdo não ouve o pranto das árvores a si mesmas se regando para não morrerem. E as pedras queima-nos os pés, gritando também, para que se saiba as folhas das árvores não se podem esconder no meio delas.
    Sabemos que este planeta azul precisa que o cuidemos. Belíssimo o teu poema, minha querida Ailime.
    Cuida-te bem.
    Um beijo.

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  7. Um poema muito profundo e denso, "andar vagaroso e pesado"... Hummm, fiquei a refletir, pois tenho buscado um andar lento e leve...
    Bjs

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  8. Um poema, que lembra s alterações climáticas e a sua influência sobre nós.
    Abraço e saúde

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  9. Muito, muito belo, Ailime.

    Parece que a chuva vai chegar amanhã...

    Agradeço as palavras de conforto que deixou no meus 'blogs'...

    Tudo bom. Beijinhos.
    ~~~~~

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  10. Que linda leitura Ailime, que vamos criando as imagens dentro de um silencio que grita numa natureza agonizante. Alta sensibilidade em poesia, que o sentimento acelera e explode em poema.
    Adorei Ailime.
    Beijo amiga.

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  11. Excelente poema, na forma e no conteúdo.
    Gostei imenso, parabéns pelo talento.
    Bom fim de semana, amiga Ailime.
    Beijo.

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  12. Ailime
    Bonito poema, cheio de sabedoria e talento.
    Bom domingo com saúde e paz.
    Beijinhos
    :)

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  13. Olá Ailime!
    Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito apreciei, e desejar um bom resto de domingo, e feliz semana!
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  14. Quando pisamos pedras ardentes e leitos secos lembramo-nos de rios verdejantes e caminhos belos. É a perspectiva que temos que importa. Um dos maiores desafios da vida: como aceitar e viver com o inconfortável, o que não posso controlar, o que não aceito ou quero aceitar? Como compreender melhor o outro lado? Perceber o que nos perturba, essas pedras escaldantes e leitos secos, passar tempo nesses locais - o que é que podemos aprender quando, calmamente, os contemplamos? Porque eles são inevitáveis é tão parte de nós como os rios verdejantes e belos. Beijinhos

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  15. Um Canto de alerta. "Pedras ardentes" e "leitos secos",
    um panorama da qual já estivemos mais longe. É bom que
    tenhamos consciência de que nós é fazemos o nosso próprio
    destino.
    Belo poema, cara Ailime.
    Beijo
    Olinda

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  16. Além de lindo, Ailime, nos dá o que pensar! Tempos difíceis estes, em que "À margem dos dias as florestas
    gritam por socorro
    no leito seco dos rios.".
    Meu abraço, amiga; boa semana!

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  17. Um alerta para que o tempo não se escoe depressa demais.
    Um lamento pelo sofrimento que a proximidade nos inquieta. E os opostos cruzam-se no caminho, com a sabedoria poética que tão bem domina, Ailime.
    Uma imagem belíssima que ilustra tão bem o poema fantástico
    Beijinho

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  18. Olá Ailime

    Não consigo comentar os "Ecos e Reflexos" por alerta de virus

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    1. Olá Manuela, peço-lhe imensa desculpa pelo ocorrido, mas no meu computador está tudo bem. Com um beijinho de gratidão pelo alerta.

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  19. Jennifer Davison18 December 2021 at 08:56
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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.