sexta-feira, novembro 28, 2014

A manhã sucumbe


A manhã sucumbe sob a claridade dos pássaros
e o outono recorta nas folhas o frio do inverno.
Muros desabam e desatam algemas de inanição
em evasivas alcandoradas no tempo e no espaço.
Os garrotes estrangulam-te na garganta a esperança
e os barcos arremessam ao mar os mastros
que baloiçam alvejados por relâmpagos.
Na praia gaivotas feridas libertam as marés.

28.11.2014

Ailime
(Imagem Google)

8 comentários:

  1. Que coisa linda e a inspiração nas tuas palavras é grande! E vendo as fotos, já sonho com o verão quando verei minhas amigas gaivotas lá no marzão me esperando!EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEBA!!! bjs, lindo fds! chica

    ResponderEliminar
  2. Linda foto e as gaivotas felizes pertinho do mar... Andando ou voando, confiantes na Providência...
    Um beijinho... Bom Final de Semana...

    ResponderEliminar
  3. "Na praia gaivotas feridas libertam as marés". O final de um poema todo ele excelente e muito belo.
    Um beijo, amiga.

    ResponderEliminar
  4. Um belo poema. Gostei muito, é excelente.
    Querida amiga Ailime, tem uma boa semana.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  5. Assim é, Ailime; mas sempre virá uma nova manhã, amiga. Belo poema, boa semana!

    ResponderEliminar
  6. AILIME,

    seguindo você aqui,também!

    E será que depois virá somente o inverno?

    Espero que ele venha, mas também, uma nova ordem natural das coisas que no momento estão naturalmente desordenadas.

    Quer que eu minta?

    Um abração carioca.

    ResponderEliminar

«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.