domingo, junho 19, 2011

Insónia


Em vigílias de sossego
Oiço o vento glacial,
Que em rajadas
Fortes e perturbadoras
Atordoa os meus sentidos
E torna agreste
A alva instalada em mim.

Deixo-me envolver
Nas palavras que enredo
E descortino o silêncio
Na quietude refeita
Do alvor anunciado.

Rabisco em palavras
Deixadas pelo vento
Este sentir sonâmbulo
Na aridez do poema
Que arrisquei delinear.
Ailime
19.06.2011
Imagem da Net





5 comentários:

  1. Ailime, que prazer saborear esse teu poema neste domingo lépido, morno. Gostei imenso! Ótima semana cheia de inspiração!

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  2. Abençoada insónia que produz tão belas obras!
    Lindo poema, amiga Ailime,
    beijinhos

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  3. É no vento que se escrevem todos os poemas!

    saudações poéticas

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  4. Anónimo6/22/2011

    Boa noite, querida!

    É nesses ensaios rasantes que se conseguem v\ôos longínquos...

    Um beijo de luz no seu coração!

    "Onde há fé, há amor, onde há amor, há paz, onde há Deus, nada falta." (Marden)

    A paz esteja contigo

    Yehi Or - Liene

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  5. Ailime...boa noite!

    Bendita insonia que te faz escrever tão lindamente!
    Parabéns...gosto demais dessa tua sensibilidade sempre
    tão presente nos teus escritos!

    bjos...

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.