Dou passos a medo, não sei se me abrem
a porta.
Tinham-me dito que estava fechada,
porque as gripes e o Covid
andam por aí.
a porta.
Tinham-me dito que estava fechada,
porque as gripes e o Covid
andam por aí.
Cheguei e bati.
Dizem-me, a senhora está doente, de cama,
e não quer contágios.
(Lá terá as suas razões)!
Quem quer?
Imaginei a solidão e o silêncio
de quem vive dependente,
olhos baços que se fixam uns nos outros,
sem direito a um sorriso, a um aperto de mão,
a uma palavra encorajadora.
sem direito a um sorriso, a um aperto de mão,
a uma palavra encorajadora.
O medo continua a limitar as ações
e o inverno continua frio no coração de
quem nunca viveu entre quatro paredes.
Há que acender fogueiras
para inflamar os corações.
Texto
Emília Simões
04.01.2025
Imagem Net