No silêncio do meu canto
idealizo dias claros e noites brancas.
Um candeeiro antigo
sem chama, permanece enegrecido
sobre a mesa, que se deixou abater
no quarto sem chão.
A lua cheia penetra no velho quarto
exalando um clarão
que ilumina os tesouros antigos,
como uma arca de pinho,
com a velha coberta desfeita.
Em silêncio tudo perscruto.
A solidão e a noite de mãos dadas.
No silêncio do meu canto
o dia claro já não brilha,
a noite é como breu.
A lua perdeu-se no espaço.
idealizo dias claros e noites brancas.
Um candeeiro antigo
sem chama, permanece enegrecido
sobre a mesa, que se deixou abater
no quarto sem chão.
A lua cheia penetra no velho quarto
exalando um clarão
que ilumina os tesouros antigos,
como uma arca de pinho,
com a velha coberta desfeita.
Em silêncio tudo perscruto.
A solidão e a noite de mãos dadas.
No silêncio do meu canto
o dia claro já não brilha,
a noite é como breu.
A lua perdeu-se no espaço.
Texto
Emília Simões
13.04.2024
Imagem FREEP!K
Emília Simões
13.04.2024
Imagem FREEP!K
"Em silêncio tudo perscruto.
ResponderEliminarA solidão e a noite de mãos dadas.
No silêncio do meu canto".
Boa tardinha de sábado, querida amiga Ailime!
Muito lindo e também me representam seus belos versos num poema de contemplação.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos com carinho fraterno
Lindo demais e um candeeiro assim é inspirador! Bela poesia! beijos, chica
ResponderEliminarA nostalgia, a tristeza... são matéria prima aproveitável para os poetas.
ResponderEliminarUm abraço.
Muito bom. Adorei :)
ResponderEliminar.
"A esperança no meio do caos"
Beijo, e um excelente fim de semana.
Muito, muito profundo e intenso. Idealizar "dias claros e noites brancas" é mesmo o desejo de Deus para todos. A lua cheia me chamou a atenção neste poema que estou a refletir. Os tesouros antigos iluminados devem trazer explicações e novas lindas oportunidades.
ResponderEliminarBeijinhos e bom domingo...
Bello y melancólico poema. Hay lugares en donde sanamos nuestras heridas y pensamos. Te mando un beso.
ResponderEliminarUma inspirada noite com todas suas nuances. Noites que se alongam no vazio dos cantos, na ausência das mãos, dos carinhos. Noite que se faz em breu, uma noite que a claridade evadiu-se, ficou esta angustia em meio às lembranças.
ResponderEliminarBelo trabalho na pagina deste futuro livro.
Bjs e bom domingo Ailime.
Boa tarde Emília
ResponderEliminarPor vezes há dias que acabam assim.
E as noites são a melancolia em carne viva.
Um poema muito belo, com uma imensa melancolia.
Bom domingo.
Beijinhos
:)
Mais um bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Lindo poema, triste e real. No seu silêncio e solidão, a poetisa descreve a decadência geral, o abandono e esquecimento. Antigos tesouros que já não se iluminam. Sonha por noites brancas e dias claros. Mas a luz não está lá, a lua perdida, a noite de breu. Talvez essa luz externa que tanto procuramos esteja dentro de nós. Viver pelos outros é emanar luz. Não odiar é emanar luz. Não querer coisas materiais é emanar luz. Aproximar-se dos outros é emanar luz. E quando o fazemos, a luz que radiamos é amplificada nos outros. Como uma reação em cadeia. O silêncio pode ser importante. Mas se nos tolhe a voz, e a vida, há que rompê-lo e viver. Muitos beijinhos
ResponderEliminarBelo e real, assim acontece na passagem do tempo e o que foi luz passa o ser escuridão. Bom final de semana. bjsss
ResponderEliminarOlá Ailime,
ResponderEliminarNo silêncio da noite, quando a solidão toma conta dos nossos pensamentos, emergem recordações, que são verdadeiros tesouros, que estavam guardados no baú das nossas memórias.
Gostei muito deste poema!
Votos de uma feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Um silêncio habitado por tantas memórias que se desfazem com o tempo mas que se se guardam no coração que as preserva. Tão belo, minha Amiga Ailime.
ResponderEliminarTudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
Olá, Emília
ResponderEliminarAs recordações povoam a mente e o coração nesses
instantes de silêncio. Tudo se atropela querendo
chegar em primeiro lugar. As coisas antigas, guardadas,
têm maior impacto.
Poema lindo, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Um poema escrito à luz de um candeeiro...
ResponderEliminarMas gostei imenso, o poema é magnífico.
Uma ótima semana.
Beijo.
Há inspirações assim, frutos de momentos de profunda nostalgia...
ResponderEliminarO poema está excelente dentro do seu género...
Congratulações, Poetiza.
Abraços
~~~~~~~
Triste, sim, amiga; mas lindo! Às vezes, esses objetos nostálgicos nos trazem grande inspiração! Pode ser a saudade, falando através da poesia. Meu abraço, Emília; boa semana!
ResponderEliminarAilime, tenho 4 candeeiros ou lampiões antigos como chamam aqui. Estão em cima de um móvel antigo que fica na sala de jantar e acho lindo concordando com Flávio Cruz que "são objetos nostálgicos que nos trazem grande inspiração" Eu amei a sua inspiração e a imagem é linda. Beijinhos, amiga querida!
ResponderEliminarOlá Ailime,
ResponderEliminarPassando por aqui, relendo este lindo poema que muito gostei, e desejar um feliz fim de semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com