segunda-feira, maio 09, 2022

Escorria-lhe da boca o silêncio

 Di Farias

Escorria-lhe da boca o silêncio

que lhe ardia no peito.

Não soletrava as palavras

e os olhos côncavos

imersos num mar em chamas

ateavam nas suas mãos

barcos à deriva

baloiçando ao vento,

sulcando-lhe no rosto

a dor do pranto contido.

Nem o voo dos pássaros

em cantos alegres e claros

lhe soltaram dos lábios

o sabor amargo do silêncio.


Texto
Ailime
09.05.2022

24 comentários:

  1. Boa Tarde
    Há silêncios atroadores que magoam ainda mais do que as palavras que podiam ou deviam ser ditas.
    Um poema que reflecte não só autora mas muitos de nós.
    Que a semana seja com saúde e harmonia.
    Um beijo
    :)

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  2. Sim, há silêncios ensurdecedores, que doem mais que palavras...

    Excelente poema, amiga Ailime!
    Gostei muito.
    Votos de uma excelente semana.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  3. Um silêncio tão magoado que as lágrimas ateavam barcos à deriva por dentro do olhar... Magnífico poema, minha querida Amiga.
    Muita saúde.
    Um beijo.

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  4. Tão profundo,quanto lindo teu poema,Ailime!
    Parabéns! beijos, chica

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  5. Fantástico!!
    -
    Os sons do silêncio...

    Beijos, e uma excelente semana.

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  6. Lírico e belo, apesar de triste. Quantas vezes, amiga, o silêncio como que nos escorre da boca! Muito bom! Meu abraço, boa semana.

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  7. Anónimo5/09/2022

    Muito belo! Combatemos o sofrimento falando abertamente sobre o que nos aflige. Combatendo o silêncio. E analisando os nossos pensamentos, opiniões, o que achamos que está certo. O sofrimento vem de como interpretamos a realidade. Não é a realidade que nos faz sofrer. É a maneira como a interpretamos, a história que criamos dessa realidade. Continua a escrever, e a pensar nestas coisas todas. Muitos beijinhos! Sérgio

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  8. Gosto da tela e do poema...bj Ailime

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  9. Olá Ailime,
    Passando por aqui, relendo este lindo poema que muito gostei, e desejar a continuação de ótima semana, com muita saúde.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  10. Muito lindo captar e colocar na poética esse sentimento enorme de tristeza!
    Gostei muito, querida Ailime,
    um beijinho e uma boa semana!
    (os comentários estão com problemas, estão ficando no 'spam' e não entram para o blog, temos de revisar).

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  11. poema encantador. gosto muito do seu "universo poético"

    beijos

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  12. Olá, Ailime, um belo poema com belas imagens poéticas.
    Sempre é muito bom ler seus poemas, amiga.
    Um bom final de semana, com muita paz.
    Beijos

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  13. Olá Ailime,
    Passando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  14. Olá Ailime,
    Passando por aqui, para desejar um feliz fim de semana, com muita saúde.
    Beijinhos!

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  15. Mais um bonito poema.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  16. Um belíssimo poema Ailime.
    Abraço e saúde

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  17. Dor contida com o silêncio por companheiro.
    Um poema que diz tudo e nos deixa comovidos.
    Adorei, cara amiga Ailime.
    Beijinhos
    Olinda

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  18. Há momentos em que as palavras ficam mudas e as mãos são barcos à deriva.
    Excelente poema, os meus aplausos.
    Boa semana, amiga Ailime.
    Beijo.

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  19. Há realmente silêncios muito amargos...
    Um poema muito belo, Ailime.
    Uma boa semana de Maio. Beijinho.
    ~~~~~~~~~

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  20. Mais um bonito poema que vim cá conhecer.
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  21. "O sabor amargo do silêncio", forte expressão num belo canto do coração.
    Bjs e abçs

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  22. Olá, querida amiga Ailime!
    Uma imagem muito sugestiva e o poema com um teor profundo de realidades existenciais.
    Belíssimo! Bravo!
    Tenha um final de sexta abençoado!
    Beijinhos com carinho

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.