terça-feira, janeiro 11, 2022

Há no silêncio dos corpos

Leonid Afremov


Há no silêncio dos corpos

uma cumplicidade no olhar

como se relâmpagos

alumiassem as escarpas

onde nos desnudamos

como cardumes ao vento

a marulhar em praias

invisíveis.

Afetos e vozes inaudíveis

mergulham definitivamente

num mar de privação, 

no universo inacabado

para lá do tempo

e dos enigmas do espaço.


Texto
Ailime
10.01.2022
Imagem Google

16 comentários:

  1. Poema enigmático, em que se desvenda a necessidade
    dos afectos para lá do tempo e do espaço.

    Beijos
    Olinda

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  2. Digno de Nobel! Eu concordo: vive-se o individualismo, o silêncio e o isolamento. Não se soltam emoções, retêm-se. Não se dá nem se quer receber. Um imenso mar de privação. E somos todos cúmplices do que estamos a fazer e da maneira que vivemos. Apesar de por vezes nos sentirmos vítimas, cabe-nos a nós tomar responsabilidade para ser e agir diferente. Poderia ser muito diferente, quiséssemos nós que o fora! Adorei este poema, fez-me pensar! Beijinhos

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  3. O silêncio da cumplicidade de sentires são relâmpagos na alma, ilumina a intensidade do sentir.
    Que nossos afetos tenham voz e vez em nossos corações, querida amiga Ailime!
    Tenha dias não enigmáticos, cheios de ricas bençãos!
    Beijinhos carinhosos

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  4. T@mbém gosto do poema e a pintura é linda! Bj

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  5. Que linda maneira de falar de nossos afetos, adoro ler você, Ailime!
    Uma ótima semana, querida amiga,
    beijinhos!

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  6. Gostei do poema e da pintura que está fantástica.
    Um abraço e continuação de uma boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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  7. A cumplicidade do olhar. O silêncio dos corpos. O universo das emoções tão perto e tão longe da vontade... Belíssimo, minha querida Ailime.
    Continua a cuidar-te bem.
    Um beijo.

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  8. Na cumplicidade do olhar, e no silêncio dos corpos, se fundem sentidos e emoções, na dança infindável do amor...

    Belíssimo poema, amiga Ailime!

    Parabéns!

    Continuação de boa semana!
    Beijinhos.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  9. Excelente poema.
    Gostei imenso, parabéns pelo talento.
    Continuação de boa semana, amiga Ailime.
    Beijo.

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  10. No silêncio dos corpos, há sempre palavras escondidas no olhar que não se precisam dizer.
    Muito belo, amiga Aillime
    Beijinhos
    :)
    http://olharemtonsdemaresia.blogspot.com/

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  11. Esse «silêncio dos corpos e cumplicidade no olhar» é o génises da humanidade...
    São momentos em que tudo é esquecido...
    Um poema bem interessante, Ailime.
    Bom fim de semana. Beijinho
    ~~~~~

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  12. Belo poema, amiga Ailime!
    No silêncio dos corpos, há o barulho do amor e da paixão...

    Votos de um excelente fim de semana!

    Beijinhos.

    Mário Margaride

    http://poesiaaquiesta.blogspot.com

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  13. Um belíssimo poema Ailime.
    Para quando um livro de poesia?
    Abraço, saúde e bom domingo

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  14. Fantástico, amiga! Como os teus versos conseguem captar a essência das imagens que os inspiram! Meu abraço, boa semana.

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.