quinta-feira, novembro 08, 2018

Na lucidez dos dias


Na lucidez dos dias  
escorre-me dos gestos 
o sabor das romãs 
e o aroma dos lírios  
que perfumavam a terra 
do chão que pisavas. 
 
Os escombros dos muros 
cobertos de musgo 
murmuram baixinho 
o silêncio dos pássaros 
a latejar as asas 
na terra fértil. 
 
Uma nuvem chora. 
 No chão molhado 
pegadas de solidão 
anunciam como é frio 
o inverno da alma.




Texto e foto
Ailime
08.11.2018

17 comentários:

  1. Tão lindo, tão profundo, tão triste...Emociona! E o inverno da alam é o pior deles...beijos,tudo de bom,chica

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    1. Boa Noite, querida amiga Ailime!
      Um sublime poema de aconhego no inverno que se faz sentir na alma e o frio é cortante... senti-o ao ler aqui.
      Tem alma de poeta, minha amiga!
      Tenha dias venturosos e aconchegantes!
      Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

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  2. Um poema lindíssimo Ailime.
    Adorei.
    Abraço

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  3. Um poema muito bonito!!

    Beijos-Boa Noite!

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  4. Em cada verso, um derramar da alma com sentimentos tão sentidos...
    Saudades e boas lembranças extravasadas neste poema... Um canto lacrimejante! Gostei de ler, reler e comentar o que captei... (?!)
    Beijinhos e boa sexta-feira...

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  5. Maravilhoso poetizar este inverno da alma com um lindo jogo de figuras literatura, uma arte dos poetas.
    Parabéns por nos trazer tão belos poemas Ailime.
    Beijo amiga.

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  6. Parece-me que o inverno da alma é ainda mais frio do que o próprio inverno...
    Um resto de uma boa sexta-feira e um bom fim de semana!

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  7. Excelente poema.
    Muito bem ilustrado pela foto.
    Ailime, um bom fim de semana.
    Beijo.

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  8. Ailime querida,
    Se tem algo que eu aprecio
    e amo é Poesia. Amo
    ler, ouvir e escrever .
    Poesia acalma me coração.
    Alimenta minha alma.
    Linda essa sua dessa postagem.
    Encantada,
    agradeço.
    Bjins
    CatiahoAlc. do Blog Espelhando

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  9. Grande melancolia neste poetizar e ilustrar
    dias lúcidos...
    O silêncio dos pássaros não augura nada bom.
    Gostei do seu poema, querida Ailime.
    U bom domingo.
    Abraço terno.
    ~~~

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  10. Os muros cobertos de musgo escondem os escombros do inverno e da solidão. É um poema em que a lucidez transforma a melancolia em tempo da memória…
    Muito belo minha querida Amiga!
    Mais uma vez muito obrigada por teres estado no meu lançamento. Gostei imenso de te conhecer.
    Um beijo.

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  11. Detalhes tão bem contornados nos versos de teu poema, Ailime, remontam lembranças adormecidas e outras acordadas, num carrossel de sentimentos.
    Muito belo!
    Bjinhus,
    Calu

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  12. Frio, sim, o inverno da alma; principalmente, quando trazido pelos ventos da saudade. Mais um belo post, minha amiga; boa semana!

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  13. Um canto da tristeza d'alma que nos leva a tempos de saudades. Lindo poema. bjs

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  14. muito belo teu poema, minha amiga
    de uma singeleza e simplicidade admiráveis
    abraço

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.