domingo, novembro 20, 2016

Na ausência das folhas


Na ausência das folhas
os ventos sopram os dias
das primaveras serôdias
suspensas de densas escarpas

Os musgos escoam nas asas
alvoraçadas dos pássaros
sombras de nuvens azuis
na obscuridade dos muros

Nas veredas estreitas
de labirintos insondáveis
a luz detém no horizonte
a plenitude do olhar



Texto e foto
Ailime
(Reposição)

11 comentários:

  1. Boa Tarde, querida amiga Ailime!
    Neste momento do meu dia, estou me sentindo cheia de musgos... Imagine que está bem frio.. nem parece Primavera...
    Estou a fazer um arroz doce com canela em casca e colocarei canela em pó por cima para comer bem quente para aquecer...
    Creio que estou sem folhas... como no seu poema...
    Amo o seu poetar!
    Bjm muito fraterno

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  2. Um poema com sentimentos bem latentes... Li e reli e apreciei com profundidade cada verso...
    Minha amiga caprichou em grande estilo!...
    Beijinhos

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  3. Maravilhoso! Adorei.

    Beijo de boa noite

    http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

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  4. Se alguma vez alguma mágoa impedir a "plenitude do olhar" escolhe uma árvore nua para que possas identificar tudo quanto amas... O outono é sempre um pretexto para as sombras das nuvens serem mais azuis...
    Maravilhoso, o teu poema, minha Amiga.
    Um beijo.

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  5. Muito lindo, Ailime! Tocou-me, especialmente, a poesia das últimas frases: "a lua detém no horizonte/a plenitude do olhar" ! Belo, boa semana.

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  6. Na ausência das folhas
    braços ao alto

    Bj

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  7. E os ventos me trouxeram de volta aqui, para poder apreciar cada tom, cada sentido desse belíssimo poema desenhando o outono. Adorei Ailime. Um grande abraço. Graças a Deus, tudo em paz.

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  8. Magnífico, como sempre.
    Gostei imenso.
    Bom fim de semana, querida amiga Ailime.
    Beijo.

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  9. Bom dia Ailime.
    Um poema lindo e tocante. Um abençoado final de semana. Forte abraço.

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  10. Boa semana, minha amiga; aguardo o próximo post!

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  11. E é a luz que faz a diferença no olhar e na alma poética!
    Bj

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.