Outono, tempo de frutos maduros
com sabor a mel, brilhantes
como os teus olhos,
que fitavam o mundo
misterioso e belo,
que te sorria ao amanhecer,
quando abrias a janela
com sabor a mel, brilhantes
como os teus olhos,
que fitavam o mundo
misterioso e belo,
que te sorria ao amanhecer,
quando abrias a janela
num gesto sempre igual.
No horizonte raiavam
as cores ténues da aurora,
que acolhias no teu regaço
como se um novo universo
se revelasse a teus pés.
Debruçada na manhã
desviavas o olhar
para o rio azul que,
serenamente, te entoava
uma canção de embalar,
melodia que, ainda hoje,
guardas como um barco a balouçar,
no silêncio das nuvens
No horizonte raiavam
as cores ténues da aurora,
que acolhias no teu regaço
como se um novo universo
se revelasse a teus pés.
Debruçada na manhã
desviavas o olhar
para o rio azul que,
serenamente, te entoava
uma canção de embalar,
melodia que, ainda hoje,
guardas como um barco a balouçar,
no silêncio das nuvens
que navegam no mais profundo
do teu ser.
Texto
Emília Simões
11.10.2025
Emília Simões
11.10.2025
Olá, querida amiga Emilia!
ResponderEliminarQue o outono lhe traga lindas inspirações.como a que leio agora!
A cada Estação, um novo horizonte desponta em nosso coração poético.
Tenha um final de semana abençoado!
Beijinhos fraternos
Muito lindo,Ailime e debruçada numa manhã de outono poetaste magnificamente!Adorei!
ResponderEliminarÓtimo domingo! beijos praianos,chica
Um lindo canto em que vamos reconstruindo as cenas e o sentimento de pertencimento pela natureza do lugar e vem este contentamento e mergulho em toda a existencia nesta sintonia.
ResponderEliminarUma maravilha de construção Ailime.
Bom domingo de feliz semana.
Bjs de paz no coração.
Bello poema. te mando un beso.
ResponderEliminarO Outono é nosso e de quem mais queira partilhar connosco.
ResponderEliminarUm abraço.
Tão belo, minha Amiga! Também vou debruçar-me na manhã para ver se o outono me deixa ver esse rio azul a entoar a canção de embalar que não tive em criança.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Há memórias que não se desvanecem.
ResponderEliminarBelíssimo poema, diria edílico, dadas as magníficas imagens que vão percorrendo o poema. Gostei imenso, excelente.
Boa semana.
Um beijo.
Um poema muito bem construído, uma homenagem à mãe (?) que já partiu, memórias outonais de um tempo mais simples, mais sentido - todos os sentidos são invocados no poema - que nos transporta para um espaço idílico, o rio azul, o mel dos frutos, a aurora, o regaço da mãe e a invocação da permanência desta através da memória. São as memórias histórias que contamos a nós mesmos, repetidas vezes? E se são histórias, serão elas em parte lembradas, em parte mutadas, sujeitas às nossas interpretações e percepções. Que podem mudar, às vezes até de acordo com o nosso estado de alma. Haverá memórias imutáveis, que mantemos como refúgios quando tudo em nosso redor nos faz sentir inadequados? Será esse o papel das memórias? Sermos transportados para outro tempo, outras pessoas que precisamos para viver, de quem sentimos falta? Uma fantasia do espírito, um sonho acordado. Vou num comboio e a paisagem muda constantemente pela janela. Na viagem da vida, as memórias da infância são as mais marcantes, nunca igualadas. Talvez porque tínhamos tempo, e a paisagem não se esvaziava tão depressa pela janela. Talvez porque estávamos mais abertos, braços abertos para a vida. O desafio é então voltar a abri-los, creio. Muitos beijinhos
ResponderEliminarBoa tarde Emília
ResponderEliminarBelíssimo poema aqui partilha. Onde as boas memórias emergem no sentir das emoções
Gostei muito.
Beijinhos carinhosos, e feliz semana!
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com
Versos que despertam universos de emoção em nós, Emília; que belo poema, amiga! Meu abraço, boa semana.
ResponderEliminarOlá Emília
ResponderEliminarA abertura com os frutos de sabor a mel e olhos brilhantes é de uma ternura imediata. O Outono aqui não é melancolia, mas a época da plenitude da memória.
É belíssima a forma como o poema constrói a cena: o amanhecer, as 'cores ténues da aurora' e o gesto de acolher o 'novo universo'. Uma celebração da simplicidade dos rituais.
Beijinhos
Bela poesia, com sabor a mel e aos frutos maduros de outono. Nostalgia e saudade, que se combinam às boas lembranças dos tempos vividos! Boa semana, minha amiga; meu abraço.
ResponderEliminarTão bom debruçar-se numa janela de manhã cedinho e ver o dia nascer, pensando nas coisas da vida, nas nossas e deixar extravasar nossos sentimentos pelos caminhos do coração e da memória.
ResponderEliminarMuito lindo, Emília!
Uma ótima semana, com amor e paz!
Beijinho, amiga.
Pinceladas tão realistas nas palavras que transportam tanta emoção e nostalgia , querida amiga ! Lindo outono , magoadas recordações mas tão cheias de amor !
ResponderEliminarBeijinho !
Também gosto de me "debruçar na minha janela" e admirar o que a minha "vista" alcança!
ResponderEliminarPoema muito bonito, parabéns.
Abraço.
https://rabiscosdestorias.blogspot.com
Boa noite Emília.
ResponderEliminarPassando por aqui, para desejar um bom fim de semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com