nem sempre por caminhos retos.
Muitas vezes descalços, com os pés feridos,
a sangrar diante das contrariedades
que perturbam a nossa existência.
Longe de nós, mas tão próximos,
somos confrontados por imagens
que nos invadem através de pequenos ecrãs,
ferindo os olhos e o espírito.
Como é possível que o mundo
onde o consumismo domina de forma desenfreada
a destruir, quase sem nos percebermos,
nos coloque diante de guerras injustas,
em que a morte, a doença, a destruição
e a fome se tornaram o nosso quotidiano?
Que medidas tomamos para evitar tais horrores?
Acordos e mais acordos de paz,
mas onde? Em que locais? Em que países?
Estamos encurralados num beco sem saída?
Perdeu-se o Norte na condição do Homem?
Por mais que inventemos, ou que a tecnologia avançada
seja implementada nos serviços e tente manipular a
vida humana, o retrocesso é praticamente inevitável!
Como será o futuro das próximas gerações?
Que podemos fazer agora para parar a tempo,
para impedir que o planeta termine de forma triste
e sombria?
Texto
Emília Simões
25.10.2025