quarta-feira, outubro 24, 2012

Sinto-te na chuva




Neste mar que escorre
Por entre os meus dedos
Sinto-te na chuva
Que inunda
Os espaços sofridos
Da tua solidão.
E fixo o olhar
Nas árvores desnudas
Como corpos esguios
De braços erguidos
Ressequidos,
Famintos
Estendidos no chão,
À revelia
Da iniquidade
Cega
Que finge
Que não és.

Ailime
(Reposição)
13.02.2011
Imagem cedida pela Net


7 comentários:

  1. Bellísimo poema Ailime.
    Un beso

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  2. Não gosto de analisar poemas alheios, pois cada autor é que sabe o sentido que lhes queria dar ao criá-los.
    Gosto apenas de os sentir. E este sente-se!

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  3. Chuva que vem e alivia,,molha e toca a alma...lindos versos....beijos e uma bela noite pra ti amiga.

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  4. Ailime, que belas gotas de versos que escorrem na sua poesia! Gostei imenso!

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  5. Adporei te ler, como sempre! beijos,chica

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  6. "Sinto-te na chuva
    Que inunda
    Os espaços sofridos
    Da tua solidão."


    Comovido, Ailime. Saio devagarinho sem fazer barulho...

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«Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar».C.L.