sábado, setembro 27, 2025

Ao olhar pela janela

Freepik IA



Ao olhar pela janela 
contemplo o outono,
que cruza a rua
a saudar-me em rodopio,
presenteando-me com uma brisa,
em sinfonias que nunca tinha ouvido.

O meu corpo curvado
denota a queda das folhas
entrelaçadas na minha cintura,
num gesto que me fez sorrir.

O corpo nunca permanece igual
e os meus sentidos recusam
essa dança imaginária
que gira ao meu redor.

Texto 
Emília Simões
27.09.2025




quinta-feira, setembro 25, 2025

Simples palavras

  

 O refúgio no silêncio é como a luz que nos banha ao entardecer.
Apazigua o espírito e liberta o pensamento. 

Texto e foto
Emília Simões
2016

sábado, setembro 20, 2025

Verão, quase outono

Pixabay


Verão, quase outono.
Tempo em brasa,
dias curtos
que ensombram a vida.
Nos olhos a solidão
das folhas que, aqui e ali,
pintam o chão de amarelo.
A minha alma veste-se 
de melancolia.
O tempo, implacável,
continua desafiando
a contemplação,
a serenidade,
na esperança
do retorno aos dias,
em que as horas se prolongam na luz.
É quase outono.
Uma folha amarelecida,
trémula, ressequida,
desprende-se de mim
.

Texto 
Emília Simões
20.09.2025