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Ao olhar pela janela
contemplo o outono,
que cruza a rua
a saudar-me em rodopio,
presenteando-me com uma brisa,
em sinfonias que nunca tinha ouvido.
que cruza a rua
a saudar-me em rodopio,
presenteando-me com uma brisa,
em sinfonias que nunca tinha ouvido.
O meu corpo curvado
denota a queda das folhas
entrelaçadas na minha cintura,
num gesto que me fez sorrir.
O corpo nunca permanece igual
e os meus sentidos recusam
essa dança imaginária
que gira ao meu redor.
Texto
Emília Simões
27.09.2025
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