Já se faz tarde
E a noite avança.
Vou caminhar
Imersa no silêncio
Que irrompeu na
Minha estrada.
Já se faz tarde e
Aprisiono o grito
Que as montanhas
Ainda ecoam
Como vento atroz
Emanado de mim.
Já se faz tarde.
Quero banir este cálice
Que me consome e
Tortura.
Já se faz tarde....
E a noite é muito longa.
Hoje...já se fez tarde!
E a noite aconteceu.
De novo.
Ailime
24.10.09
Imagem: gentileza da Net
Obra: O grito de Munch
«As palavras pesam. Um texto nunca diz a dor das pequenas coisas» Graça Pires in Poemas escolhidos
sábado, outubro 24, 2009
sexta-feira, outubro 16, 2009
Orvalho
segunda-feira, outubro 05, 2009
Hoje é o dia
Hoje é o dia em que as palavras se soltam
para bailarem ao sabor do vento.
Hoje é o dia em que a minha alma canta
o Outono, nas folhas douradas
dos plátanos caídas no chão.
Hoje é o dia em que me propus ser feliz,
porque no teu olhar me pressinto.
para bailarem ao sabor do vento.
Hoje é o dia em que a minha alma canta
o Outono, nas folhas douradas
dos plátanos caídas no chão.
Hoje é o dia em que me propus ser feliz,
porque no teu olhar me pressinto.
Ailime (05-10-09 - 11h)
Imagem obtida na net
quinta-feira, outubro 01, 2009
Sacode as nuvens
Sacode as nuvens que te poisam nos cabelos,Sacode as aves que te levam o olhar.
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras.
Porque eu cheguei e é tempo de me veres,
Mesmo que os meus gestos te trespassem
De solidão e tu caias em poeira,
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras
E os teus olhos nunca mais possam olhar.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sacode os sonhos mais pesados do que as pedras.
Porque eu cheguei e é tempo de me veres,
Mesmo que os meus gestos te trespassem
De solidão e tu caias em poeira,
Mesmo que a minha voz queime o ar que respiras
E os teus olhos nunca mais possam olhar.
Sophia de Mello Breyner Andresen